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segunda-feira, 2 de junho de 2008

A Proibição dos Jogos Beneficia a Pirataria


Adolescente Psicopata ?
Os anos que eu tenho de vida, mais da metade destes, eu joguei videogame e sempre assisti muitos filmes, principalmente de terror e ação, repletos de violência. Não cresci um adolescente rebelde, e tão pouco pratiquei algum crime influenciado por títulos como Hora do Pesadelo, Sexta Feira 13, Traspoting, Psicopata Americano entre outros. Mas parece que alguns de nossos políticos não pensam assim. Estou completamente de acordo com a classificação etária imposta para determinados jogos, mas ao ponto de proibir a sua comercialização, é um tremendo absurdo. Aqui no rj todo dia, nos deparamos com os assaltantes de carros, e nenhum deles age influenciado por Gta ou Driver, mas na sua maioria da vezes, a uma péssima educação pública, e falta de incentivo nas comunidades mais pobres por parte desse mesmo governo.

Jogos em Português
Desde a era do PSOne, sonhamos com a Sony distribuindo diretamente no Brasil seu console, e até mesmo, alguns jogos traduzidos para nossa língua, imagine que maravilha seria um Final Fantasy todinho em português ? Mas, para tristeza de todos nós gamemaníacos, esse sonho fica cada vez mais distante. Títulos para o console em português, só vi mesmo vendendo em camelôs, o famoso Winning Eleven – Brasileirão, com direito a narração de Galvão Bueno. Tudo feito ilegalmente é claro, mas a criatividade é impressionante. Essa horas, bate uma saudade do Mega Drive (Sega), e seus jogos em português como Phantasy Star.


Pirataria Reinou no PS2
Lembramos a era do lançamento do PS2. Três consoles brigavam pela hegemonia: Game Cube (Nintendo), X-Box (Microsoft) e o PS2 (Sony). Em terras tupiniquins, o console da Sony, arrasou nas vendas impulsionado por um fator nada admirável, a sua vasta pirataria. Tudo bem, as outras empresas também tinham seus consoles “desbloqueados”, mas não a facilidade de comercio ilegal que reinava no PS2. Não quero tirar o mérito de títulos como Metal Gear 2, Grand Turismo 3 e 4, Devil May Cry, entre tantos únicos do console, mas a grande maioria que jogou esses títulos, não possuíam os originais. Títulos eram lançados ao preço de quase 200 reais, sem contar na demora para receber, que variava entre 15 a 60 dias, enquanto o camarada comprava o piratão na esquina de casa, por 15 reais, e tinha até 3 dias para troca !

PS3 o Ant-Pirataria
Vamos para a nossa atualidade, novamente as 3 empresas brigam com 3 novos consoles, Wii, X-Box 360 e PS3, e a pirataria... continua. O queridinho dos brasileiros, acreditem não anda nada bem nas vendas em nosso país, afinal o console nu (sem a companhia de algum jogo), varia no preço de 1500 a 2500 reais. E seus jogos ??? Bom algumas lojas já tem a pré-venda de Grand Turismo 4 por 230 reais. Além disso, o console da Sony até o momento é impossível de ser pirateado, forçando assim ao consumidor, adquirir o jogo original pelo preço camarada citado. Já os consoles da Nintendo e da Microsoft, já é possível achar os títulos à “30 conto” na Rua Uruguaina, aqui no RJ. Mas não tenho duvidas que um dia, a pirataria chega ao PS3. Talvez o grande fator contra não seja a tecnologia empregada no console, mas sim o preço da mídia Blue Ray, que pelo menos aqui no Brasil, beira os 100 reais, enquanto a mídia do DVD custa algo em torno de 0,80 centavos.


Falta $$$ Para os Jogos
Em nosso país, é inviável tudo isso. Quem ganha mais ou menos 1000 reais por mês, o máximo que consegue é adquirir 1 ou 2 títulos mensalmente, no momento em que lá fora, a cada semana são lançados de 3 a 5 jogos novos. Eu por exemplo, tenho orgulho do meu PS2 e meus 35 jogos originais, no qual metade deles comprei quando apareceram em promoções. Um outra opção que cresce novamente é a das locadoras de games. Essas mesmas que já estavam quase extintas, agora vêem uma possibilidade de crescerem novamente, mas ainda sim, os clientes são muito escassos.

Cadê as Redes Online
Além de todos esses problemas apresentados, ainda invejamos outros países, pela possibilidade e facilidade de acesso as redes online dos consoles. Já se foi a época que os jogos se limitavam a 2 jogadores, um em cada controle e no mesmo console. As redes possibilitam disputar partidas online contra dezenas de oponentes em diversos cantos do mundo. Mas e o Brasil ? Até existe essa possibilidade, mas para nós saí muito mais caro que para os gringos, além de diversos empecilhos, como possuir um cartão internacionais .


Quem é Culpado ?
Então eu pergunto a vocês: quem é o grande culpado nisso tudo ??? Aqueles que, como o governo gosta de dizer, contribui para o tráfico adquirindo produtos piratas ? Ou o próprio governo que em vez de buscar e incentivar as empresas a investirem em nosso país, e até mesmo nas faculdades que formam o aluno em Desenvolvimento de Jogos, no qual vários possuem um imenso talento, mas encontram um mercado nacional extremamente limitado ?
Proibir a comercialização de determinados jogos, com a intenção de privar a criança ou o adolescente de interagir com atos de violência ou de crimes, num mundo totalmente virtual, é completamente desnecessário. Se é para proibir, então cadê o boicote as novelinhas cada vez mais sensuais, com personagens em roupas curtas, danças vulgares, temas de rebeldia e quase sempre envolvendo relacionamentos. Proibir os grandes filmes nacionais, que não são os românticos, mas sim os que mostram o dia a dia de uma favela, ou de operações da policia em nosso país. Proibir os desenhos, que em sua maioria, são lutas que a cada soco jorram litros e litros de sangue. É uma pena que nossa política nunca possa servir de exemplo, de que adianta campanhas e mais campanhas contra a pirataria, e as diversas apreensões se o próprio governo contribui para a pirataria.

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