Soul Calibur 4 - Análise - Xbox 360

A Favor

- Variedade de personagens;
- Gráficos belíssimos;
- Diversas opções para criar seu próprio personagem;
- Inúmeras conquistas aumentam a diversão e o interesse no jogo.

Contras

- Dificuldade poderia ser mais moderada;
- Yoda (personagem exclusivo da versão Xbox 360) é uma decepção;
- Modo Story muito simples e confuso;



Análise

São poucos os títulos que conseguem mantém a velha tradição e aumentar o seu sucesso cada vez mais. Com 2 milhões de copias vendidas pelo mundo inteiro, Soul Calibur IV inova pouco e consegue agradar seus antigos fãs além de atrair novas legiões.
O enredo continua o mesmo sobre a eterna batalha pela conquista das espadas Soul Edge e Soul Calibur.

Os modos de jogo também não mudaram muito. No clássico Arcade, você deve derrotar uma penca de oponentes e acumular bastante pontos para trocar por dinheiro e liberar itens e armas novas. No modo Story, cada personagem conta a sua história até a conquista das espadas. E no modo Tower Of Lost Souls, você deve avançar os andares de uma torre, liberando diversos itens secretos. Para liberá-los, deve-se executar algumas façanhas como jogar o oponente fora do ringue, derrotá-lo com determinados golpes ou até mesmo eliminar seus inimigos em determinado tempo, mas não pense que é fácil, embora divertido, a cada andar a dificuldade aumenta e é essencial sempre evoluir os personagens para os confrontos.


Isso tudo faz com que cada vez mais Soul Calibur agrade também ao jogadores solitários. Mas para aquele que não se contentam em jogar contra a própria maquina, o jogo possui a opção Versus, no qual você desafia seus amigos no mesmo console, ou a opção multiplayer, que consiste em batalhas na Xbox Live. Esse modo por sua vez acabou decepcionando um pouco, pois constantes quedas de frames durante as lutas atrapalham e comprometem a diversão do jogo, mas se você não é nenhum perfeccionista, vale à pena encarar o desafio.


Outro ponto forte do jogo são seus diversos personagens, mas com suas exceções, pra ser mais exato, Yoda. O personagem, que é sem duvida o mais carismático dos fãs de Star Wars, tornou-se uma decepção no jogo de luta da Namco. Por ser muito exótico, Yoda é difícil de ser controlado e até mesmo de enfrentar devido a limitações do boneco. Para quem já é acostumado com jogos de luta, é muito comum a diferença exorbitante de porte físico de alguns personagens, que na maioria das vezes, o menor sempre leva vantagem, e em Soul Calibur não é diferente.



Além disso, o modo de criação de personagens é bem amplo, e com certeza você vai perder algumas horas criando os seus, graças à boa variedade de roupas, acessórios, armas e outros utensílios. Além disso, nunca se esqueça de comprar e equipar seus personagens com os melhores equipamentos, pois acabam fazendo muita diferença durante o decorrer das lutas. São armaduras que diminuem o dano causado pelo inimigo, armar cada vez mais potentes, acessórios que aumentam sua barra de energia, entre outros.

Os gráficos do jogo são um show a parte. Você vai apanhar muito por deixar de prestar atenção na luta para admirar os cenários ao seu redor. Castelos, navios, masmorras, penhascos e até mesmo um circo incrementam as batalhas. O som também é muito bem trabalhado, se alguns personagens não fossem tão histéricos, valeria à pena colocar num volume considerado e deixar os vizinhos se preocuparem com a pancadaria em sua casa.


Mas nem tudo são flores. Soul Calibur peca em alguns fatores, principalmente em um dos principais focos do jogo, o modo Story. Além de confuso e de explicar quase nada da historia dos personagens, os finais, que por sinal são muito curtos, deixam algumas perguntas no ar e alguns tentam ser engraçados sem sucesso. E no mesmo modo, a dificuldade não é nada equilibrada, ou seja, no modo normal os inimigos são fáceis demais, não é nada extraordinário derrotá-los sem tomar muito dano. Mas no modo Hard (difícil), o bicho pega. Você só vai conseguir chegar ao final depois de apanhar muito, e isso faz com que os jogadores menos pacientes percam o interesse no jogo, afinal ninguém quer levar 2 a 3 horas para terminar 5 batalhas.

No fim das contas, Soul Calibur faz com que você perca horas e horas de jogo, num gênero em que não existe tanta graça em jogar sem desafiar outra pessoa. Graças a inúmeros recordes a serem batidos, diversas opções para criar e equipar seus personagens, aliados a belíssimos gráficos, jogabilidade e principalmente, muita diversão. Soul Calibur mais uma vez prova que é um dos melhores jogos de luta de todos os tempos... e que venha Soul Calibur 5.

Por Diego Borges